segunda-feira, outubro 31, 2005

Força Milso!

Prometi uma homenagem a uma pessoa especial. Aqui está. Não é suficiente para dar conta da grandeza da nossa amizade, mas quero tentar:

Sabe aqueles caras que são sempre o melhor amigo de todos? O primeiro a ser escolhido no futebol, aquele que sempre botava apelido nos amigos (mas eram apelidos legais, divertidos, nunca para denegrir a imagem), aquele que quando falava, os outros sempre respeitavam a opinião, aquele que nunca podia faltar em nenhuma festinha de aniversário, de quem quer que fosse. Sabem? Milso era assim. Quantas vezes sentamos juntos na calçada em frente de casa para ficar fazendo paródias de músicas conhecidas, ou inventando as nossas, usando os apelidos dos vizinhos como inspiração para o divertimento (lembra do Mirú vacilão, ou do Massara e seu vidro funet?). E suas rimas eram sempre as melhores. Éramos eu, Milso e Neguinho. Ou aquele dia em que a gente ia tocar Demônios da Garoa na laje do neguinho e eu não sabia tocar, vocês me zoaram e eu chorei de raiva. Lembram? O Milso era daquele tipo de cara que você tem a certeza que será um grande homem. Tudo indicava que somente o céu seria o limite para aquele menino bom de bola, magrinho, meio cabeçudo (lembra que a garotada o chamava de Jaca?). Mas os caminho da vida nos levam para lugares onde a gente menos espera. Os perigos da nossa mente somente nós mesmos sabemos enfrentar. O que, hoje, ele enfrenta, eu não sei dizer. Só sei que, tudo o que pode ser feito, eu fiz. Eu e o Neguinho. Sinto falta dos apelidos, do futebol, das zoeiras...Espero um dia voltar a sentar na calçada para jogar conversa fora. Força Milso!

quinta-feira, outubro 13, 2005

T.P.A.

Depois de duas semanas que pareceram cinco, muito trabalho, produção de programa, gravação de documentário, gravação da trilha, crise com os amigos e caindo numa armadilha do coração (de novo!), volto a escrever aqui. Prometi que não escreveria textos muito queixosos, mas, como diria Raulzito, eu também vou reclamar. E como reclamo! É a coisa que eu sei fazer de melhor, meu grande talento.
As coisas andam difíceis. Dois empregos matadores, crise em cima de crise...mas como disse uma pessoa que eu amo demais, nós mesmo temos de fazer as coisas melhorarem ao invés de fingi-las boas...eu não consigo!
Quem me dera poder cultivar melhor meus amigos e não me deixar influenciar pelas diferenças que existem entre nós. Eu confesso que tentei, mas, depois de um ano e meio, vejo que é difícil não considerá-las.
Quem me dera poder enxergar os erros do passado, engolir o orgulho e superar o sofrimento.
Quem me dera encarar a vida de modo mais suave, entender o que meus amigos dizem e que eu critico até a morte. A vida é curta, seja feliz e etc.
Quem me dera pensar um pouco naquilo que eu já conquistei e não nas coisas que me faltam.
Quem me dera poder ser um cara mais compreensivo.
Quem me dera não ser o queridinho do chefe e ser tratado de maneira igual aos meus colegas de trabalho.
Quem me dera poder não ser tão temperamental.
Quem me dera poder me desligar de coisas tão distantes, mas que afetam como se estivessem a meio metro de distância.
Quem me dera...
Só os ignorantes são felizes. A cada dia que passa me convenço mais e mais disso.
Pessoal, me desculpem, mas, sempre que chega meu aniversário, eu fico assim, um chato!
Prometo que o próximo texto será mais ameno. Será uma homenagem a alguem muito especial.