Flores...
A criança chegou ao jardim. Trazia consigo um vaso, um vaso com um arranjo cm orquídeas brancas. Repousou o vaso junto às outras flores. No jardim, havia diversas flores, margaridas, rosas, bromélias, amores-perfeitos, dentes-de-leão, girassóis... Ao repousar as orquídeas, o alvoroço tomou conta do jardim. Todas as flores queriam saber quem eram as novas moradoras do jardim; cochichavam entre si – Quem são essas hein?
As orquídeas, tímidas, tentaram uma aproximação, mas havia algo que as impedia de se aproximar muito das outras flores. A relação entre elas era de cordialidade, no mais algumas conversas mais íntimas, mas nada que ultrapassasse a tenra linha de suas pétalas.
As orquídeas, como não despertavam um sentimento mais profundo nas outras flores (não que as orquídeas se esforçavam muito para tanto), jogavam toda sua esperança de amor na criança que visitava o jardim quase todos os dias com seus amiguinhos. A criança até nutria um sentimento pelas orquídeas; não era o suficiente para elas. Parecia mais compaixão do que amor, e isso elas não queriam. Os amiguinhos da criança sempre visitavam o jardim. No entanto, o procedimento dado às orquídeas era muito diferente daquele dado pela criança. Cheiravam, acariciavam, conversavam com as outras flores; com as orquídeas – Sim, são bonitas, mas você sabe né, eu prefiro flores de verdade.
Para as orquídeas, aquele frase pareceu algo provocador. Afinal, o que seria uma flor de verdade? As orquídeas não eram flores de verdade?
Certo dia, o jardim amanheceu mais triste, algumas margaridas perderam seu odor. As orquídeas não entenderam muito bem o que tinha acontecido. No lugar de onde vieram, isso nunca acontecera.
O tempo foi passando. A criança sempre passava pelo jardim para dar uma olhada nas flores; a freqüência era cada vez menor. O que era diário, passou a ser semanal, mensal...
O que acontecera com as margaridas outro dia, se tornou cada vez mais freqüente. Cada dia que passava, as orquídeas se conscientizava de sua verdadeira condição de flor...
Mesmo com todos os acontecimentos, as outras flores sempre se renovavam, se reproduziam. A criança já estava bem diferente de outros tempos...Sempre ia ao jardim acompanhado de outra pessoa, um pouco diferente dele, uma pessoa que irradiava amor, uma sensibilidade muito forte; ficavam horas ali no jardim, se entrelaçando um ao outro...
Essa outra pessoa agia da mesma maneira que os antigos amiguinhos da criança; dava muito mais atenção às outras flores do que às orquídeas...
Como as orquídeas se sentiam mal com aquilo! Existia nelas um profundo vazio...Uma enorme vontade de ser como as outras...Mesmo perecendo...
A criança e a outra pessoa iam cada vez menos ao jardim. Ás vezes, as orquídeas os viam de longe. Acompanhavam sua vida. As outras flores do jardim sempre na mesma...
O tempo foi passando, o casal estava diferente, emanava deles um sentimento tão bom...Um dia, as orquídeas viram uma criança brincando no jardim; era muito parecida com a de outros tempo. A criança sempre chegava perto do jardim e cheirava as outras flores; com as orquídeas – Mãe, porque essas flores não têm cheiro? Não gosto delas não...
E assim foi, vieram os amiguinhos da nova criança...O tempo...Mais um casal...O sumiço do antigo...As outras flores na mesma, crescendo e perecendo...E as orquídeas nutrindo a imensa vontade de ter aquele amor, aquela atenção...Nutrindo a imensa vontade de ser como as outras flores.
As orquídeas, tímidas, tentaram uma aproximação, mas havia algo que as impedia de se aproximar muito das outras flores. A relação entre elas era de cordialidade, no mais algumas conversas mais íntimas, mas nada que ultrapassasse a tenra linha de suas pétalas.
As orquídeas, como não despertavam um sentimento mais profundo nas outras flores (não que as orquídeas se esforçavam muito para tanto), jogavam toda sua esperança de amor na criança que visitava o jardim quase todos os dias com seus amiguinhos. A criança até nutria um sentimento pelas orquídeas; não era o suficiente para elas. Parecia mais compaixão do que amor, e isso elas não queriam. Os amiguinhos da criança sempre visitavam o jardim. No entanto, o procedimento dado às orquídeas era muito diferente daquele dado pela criança. Cheiravam, acariciavam, conversavam com as outras flores; com as orquídeas – Sim, são bonitas, mas você sabe né, eu prefiro flores de verdade.
Para as orquídeas, aquele frase pareceu algo provocador. Afinal, o que seria uma flor de verdade? As orquídeas não eram flores de verdade?
Certo dia, o jardim amanheceu mais triste, algumas margaridas perderam seu odor. As orquídeas não entenderam muito bem o que tinha acontecido. No lugar de onde vieram, isso nunca acontecera.
O tempo foi passando. A criança sempre passava pelo jardim para dar uma olhada nas flores; a freqüência era cada vez menor. O que era diário, passou a ser semanal, mensal...
O que acontecera com as margaridas outro dia, se tornou cada vez mais freqüente. Cada dia que passava, as orquídeas se conscientizava de sua verdadeira condição de flor...
Mesmo com todos os acontecimentos, as outras flores sempre se renovavam, se reproduziam. A criança já estava bem diferente de outros tempos...Sempre ia ao jardim acompanhado de outra pessoa, um pouco diferente dele, uma pessoa que irradiava amor, uma sensibilidade muito forte; ficavam horas ali no jardim, se entrelaçando um ao outro...
Essa outra pessoa agia da mesma maneira que os antigos amiguinhos da criança; dava muito mais atenção às outras flores do que às orquídeas...
Como as orquídeas se sentiam mal com aquilo! Existia nelas um profundo vazio...Uma enorme vontade de ser como as outras...Mesmo perecendo...
A criança e a outra pessoa iam cada vez menos ao jardim. Ás vezes, as orquídeas os viam de longe. Acompanhavam sua vida. As outras flores do jardim sempre na mesma...
O tempo foi passando, o casal estava diferente, emanava deles um sentimento tão bom...Um dia, as orquídeas viram uma criança brincando no jardim; era muito parecida com a de outros tempo. A criança sempre chegava perto do jardim e cheirava as outras flores; com as orquídeas – Mãe, porque essas flores não têm cheiro? Não gosto delas não...
E assim foi, vieram os amiguinhos da nova criança...O tempo...Mais um casal...O sumiço do antigo...As outras flores na mesma, crescendo e perecendo...E as orquídeas nutrindo a imensa vontade de ter aquele amor, aquela atenção...Nutrindo a imensa vontade de ser como as outras flores.
3 Comments:
Ainda somos amigos? vc nem fala mais comigo... triste...
Você disse que não iria mais me incomodar...eu não quero te incomodar...
"Com o tempo tudo se resolve"
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